O PSB FOI O MAIOR ADVERSÁRIO DE ANTONIO
CAMPOS NESTE SEGUNDO TURNO?
Um dia após o
resultado do segundo turno ser divulgado, o advogado Antônio Campos, que
concorreu à Prefeitura de Olinda pelo PSB, fez um desabafo: revelou que foi
abandonado pelo seu partido, que - segundo suas palavras - desde as
pré-convenções tentou retirá-lo da disputa.
Uma pergunta que
muitos fizeram nas eleições em Olinda, PORQUE A FAMÍLIA CAMPOS NÃO VEIO EM
OLINDA CAMINHAR COM ANTONIO?
·
Será que foi por
não gostar da tapioca da SÉ?
·
Ou por conta do
CAMARÃO ALHO E OLEO que ficou mais caro na beira mar de Olinda?
·
Ou foi por não
curtir o MANGUE BIT em Peixinhos?
·
Ou não saber
dançar O COCO DO PNEU NO AMARO BRANCO?
·
Ou ficaria
cansativo o sobe desse das ladeiras em Águas Compridas?
·
Ou foi a demora da
reforma da Unidade de Saúde no BECO DA MARINETE EM RIO DOCE?
Não foi nada disso, pelo menos nas palavras do advogado
Antônio Campos ele cumpriu a promessa e disparou pesadas
críticas ao governador Paulo Câmara, ao Prefeito Geraldo Júlio e a boa parte do
PSB, que segundo ele, boicotou abertamente sua candidatura a prefeito de
Olinda. O maior petardo, no entanto, foi reservado á viúva do ex-governador
Eduardo Campos, Renata Campos, e tem efeito de uma bomba que explode de uma vez
por todas o PSB. Confiram:
“Renata Campos é quem manda no PSB. Aquela
aparência frágil dela é apenas um disfarce. Ela se reúne semanalmente e dita
ordens ao Governador Paulo Câmara e ao Prefeito Geraldo Júlio”, dispara Antonio
Campos na maior crítica feita até hoje a viúva do ex-governador Eduardo Campos.
Foi uma afirmação muito grave e que coloca o governador e o prefeito como
“marionetes” do seu projeto político: fazer do filho, João Campos, o único
herdeiro do espólio político dos Campos-Arraes.
“Ela nunca gostou do meu pai e não tinha essa
força não”, revelou ele que acabou com outra “lenda” da política pernambucana.
A de que Renata mandava no ex-governador Eduardo Campos.”Ela nunca mandou em
nada. Quem mandava era Eduardo que fazia de conta que ouvia ela o que é muito
diferente. Agora que a coisa mudou”, completou Antonio Campos que anunciou sua
candidatura a deputado e que não vai sair do PSB. Ele criticou ainda Jarbas
Vasconcelos, André de Paula e disse que sua campanha foi monitorada pela Casa
Militar a pedido do secretario da Casa Civil, Antonio Figueira. “Minha
candidatura foi sabotada”, completou.
Depois de chamar Renata de “ingrata” ele
disse ainda que sua mãe, Ana Arraes, chegou a fazer um apelo pela união da
família mas foi em vão. “Ela não atendeu”, disse o irmão do ex-governador. “A
questão de Renata é que ela não admite nada na vida que não seja Andrade Lima.
Ela acha que uma outra força que pudesse surgir na família seria contra seus
interesses, afirmou Antonio, numa clara alusão ao sobrinho, João Campos, a quem
Renata deseja fazer sucessor do espólio político do ex-governador. “O que
fizeram com Raquel Lyra e com Marília Arraes (sua prima) foi inaceitável”,
completou.
Sobre política e novos projetos?
Palavras de Antonio Campos:
Nasci nela e
continuarei na política. Sou candidato em 2018. Não vou sair do PSB, inclusive
vou participar das eleições nacionais em novembro de 2017. Esse partido foi
construído, em grande parte, pelo meu avô e tenho a honra de presidir o
Conselho Deliberativo do Instituto Miguel Arraes, por convocação da minha avó
Madalena Arraes, cujo centenário de nascimento de Arraes celebramos esse ano.
Teremos uma programação extensa de comemoração ao centenário, em dezembro.
Parte da matéria:
Fonte Folha de
Pernambuco
Ricardo Antunes